Descendo o terreno em direção ao riacho
Pelas cercas de arame farpado
Atravesso pelo mata burro
A vaca olha em meus olhos
Estava atenta a tudo
A terra é fofa, ondulada, uma plantação de batatas
O sol quente deixa tudo árido
Avisto a sombra da exuberante mangueira
Um pé de goiaba cercado pelo bambuzal
Seus anjos da guarda
Goiaba que inspira perigoso romance
Da sobremesa ao veneno mortal
Beleza aparente
Alma doente
Recheada de vermes
Levada pelo guloso ladrão que não se farta
Arrancou-a do pé
E ao pé a deixou para apodrecer
Padecer pelos seus pecados que abandonbou a fé
Não adiantou os inúmeros recados
Pé de goiaba bichada que não mais produz
Inveja dasua vizinha mangueira
Que continua a produzir sombra e fruto
Para quem ali trafega com afego
E à goiabeira deixa seu luto
O agricultor cultiva sua semente
Preeminente
Remove pedras e espinhos
Delicia-se na exuberante chuva
Que colore seu novo caminho
"Por honra e por desonra, por imfâmia e por boa fama; como enganadores, e sendo verdadeiros; como desconhecidos, mas sendo bem conhecidos; como morrendo, eis que vivemos; como castigados, mas não mortos...como nada tendo, e possuindo tiudo." 2 Coríntios 6:8-10
Wagner Pires
in, Roteiros de Uma Rotina
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