FÉ

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Religião e política se misturam

E o homem as confundem:

Conflitos.

E a fé vira uma desculpa,

Ideais sem ideias, sem coerência.

Tentam impor a sua fé.

Haja paciência.

Religiosos intolerantes

Se divergem,

Cada um com sua própria ideologia criando tendência.

Interesses pessoais:

Poder, fama e riqueza.

Que tristeza!

O judaísmo nasceu quando o homem apareceu.
Fariseu, essênio e saduceu.

Muçulmanos seguem ao profeta,

Divergiram do Judaísmo.

Jesus o filho de Deus:

Nasceu o Cristianismo.

Católicos em suas cruzadas, templários.
Perseguiram, mataram, queimaram, esquartejaram,

Todos àqueles que pensavam diferente.

Também divergiram e reformaram, protestaram.
Filosofia luterana, arminiana, puritana e calvinista.

Religioso chauvinista.

O protestante vai se dividindo.

Tradicionalistas: Presbiterianos, Metodistas,

Luteranos, Batistas...
Ortodoxo.

Ateísta, pagão, ímpio ou infiel - heterodoxo
Virgem é santa: carismáticos ou Romana.
Um paradoxo.

Pentecostais: Assembleianos e Deus é Amor.
O Brasil é para Cristo e também é Congregacionista.

Modernizaram, deixaram as roupas e seus costumes.

Mergulharam no espetáculo:
Música, dança e teatro.

Fantasias num mundo de fantasia.

Usam brincos e tatuagens,

São novos: neopentecostais.

Gospel, brothers, bispos apostólicos...

Chavões: inventam analogias.

Querem a mídia, são midiáticos.

Uma câmera e muita maquiagem.
Suas planilhas são maquiadas.

E números é o principal objetivo:
Quantidade sem qualidade, não se importam com o coletivo.

Contas em conta corrente: é no débito, ou no crédito?

Para serem universais, mundiais e internacionais, renascerem.

Fingem pregaram a paz e a vida para sararem a terra.

Budistas, hindus e outros dizem serem testemunhas.

Testemunhas de quem?

Testemunharam o quê?

Krishina e Adventistas,

Necromantes, quiromantes e cartomantes,

Cores, cristais, anjos.

Deus está nos animais, deus está na planta, uma xícara de chá.

Kardec e Xavier.

Orixás.
Umbanda, ou candomblé.

Religiões e seitas: tudo em função da fé.

Pregam a cura, mas vivem na doença.

Basta apenas esta crença?

Esqueci de algumas?

De muitas. Mas de muitas outras.

Uma infinidade delas.

Histórias e contos.

A democracia foi uma filosófica inspiração.

Vinda da cultura grega

Onde respirava o panteão.
Helênicos e seus deuses:
No habitat em que habitavam coabitavam:

Seduziam os homens,

Seduzidos pelas mulheres.

Lendas e crenças

Que viram roteiros de cinema.

Al Qaeda, Hamas, Hezbollah, Talibã.

Viram roteiros do telejornal.

Islamismo radical e seus seguidores,

Homens bomba,
Distorcem as palavras do profeta.

Impõe o terror,

Violentam, decapitam, matam,

Discriminam.

Nada de novo no velho mundo do poder.

História que se repete.

Prevista e planejada.

Planejam o próximo ato

Em um outro palco

Para fazerem as próximas vitimas.

Desculpa, sempre a mesma e velha desculpa:

"Em nome de Deus".

E nos outros colocam a culpa.

Perseguem, torturam, matam,

Corropem, roubam...

Distorcem até mesmo a própria lei.

Lei do temor, lei do medo, lei do terror.

Leis dos homens, leis da natureza, leis de deus.

Qual deus?

Deus do trovão, deus da beleza,

Deus da fertilidade; deuses e deusas com tanta sutileza.

Deus da guerra, deus protetor, uma carnificina.

Atravessaram os mares, e as águas ficaram vermelhas.

Um novo mundo conquistaram e se instalaram.

Roubaram e mataram.

Valhalla.

Valha-me deus.

Bruxos e bruxas,

Videntes.

É tudo muito evidente:

Salão dos deuses, templos de deus.

Tudo vindo do imaginário humano.

Construídos por mãos humanas.

Trancados entre quatro paredes,

Presos em suas próprias mentes.

Cegos, tolos, não enxergam a verdade do mundo lá fora.

O mundo é a vítima

Destes interesses.

A princípio a diáspora era a solução,

Mas depois criou-se o Sionismo.
Buscam proteção.

Retornam do mundo.

Fogem de tiranos romanos,

Outros Hitlers, novos monstros e mitos que vão surgindo.

Tiranos ditadores, racistas facistas.

Xenófobos misóginos.

Matam o corpo físico, destroem a alma carente.

Matam um povo, escrevem uma tenebrosa história.

Parece que perderam a memória.

Cometem os erros à qual sofreram.

Hipocrisia em demasia.

Meu estômago revira de tamanha demagogia.

Me da azia.

Seus deuses, sua pátria, sua doutrina, sua família.

A desculpa?

Pregar e impor a sua própria fé.

Talvez, a religião seja uma grande mentira.

E o mundo vai morrendo nesta hemorragia.

Wagner Pires

in Silêncio, O Culto