sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

FELIZ ANO, O QUE HÁ DE NOVO?

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Relógio quase batendo a zero horas do dia 1º de Janeiro, numa fração de segundo, sentado na sacada já observando os fogos explodindo e colorindo o céu por todos os lados: seja aqui ao Norte, ou ao extenso Leste, os longínquos Oeste e Sul, e até mesmo no desértico Centro, fico a imaginar.
Poderia, também, estar ligado na TV ou conectado no PC e com certeza estaria vendo o mesmo cenário: fogos por todas as partes. De hora em hora, em cada país, de acordo com seu fuso horário, segue-se o mesmo ritual.

Qual o significado deste costumeiro hábito de pessoas quase que numa ação mecânica e previamente programados para soarem as badaladas na escuridão dos céus avisando a chegada de um novo ano.
Seria para comemorar o término de um terrível e difícil ano, ou o início esperançoso para o ano que se inicia. Sendo isso, os barulhos na madrugada seriam para afastarem os fantasmas que rondaram e perturbaram um ser individualmente, uma comunidade, uma nação?
Os clarões coloridos teriam o poder de dissipar as trevas de um ano obscuro, na escuridão da corrupção; do descaso governamental e humanitário; da ignorância, egoísmo e hipocrisia social?
Poderia iluminar os corações agressivos que agem com violência física, verbal e moral absurda que predomina nos quatro cantos do planeta, deixando órfãos e solitários em suas casas; órfãos e solitários sem terra, sem nação.
O barulho pudesse fazer acordar os poderosos em política e dinheiro para acabar com injustiça e a fome social.

Observo ao lado um pequeno grupo de imigrantes felizes, e na sua simplicidade comemorando com humildes rojões que mal conseguiam chegar ao céu, pouco iluminando a madrugada, porém não menos importante dos mais imponentes, pois aquela alegria simbolizava a fé e a esperança. Até mesmo a esperança daqueles que por um motivo ou outro simplesmente pode, assim como eu, apenas observar este ritual de findar o ano.

Deveríamos soltar os rojões para despertarmos dos erros e fracassos, com arrependimento e perdão. Reconhecendo que falhamos, com os clarões que surgem à frente mostrando-nos o correto, o digno e honesto nos 366 dias que virão.


Wagner Pires

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